Blog só para zurzir mouros e lampiões. No menu também está incluido ofensas a lagartos e panteras. “Nós somos humanos como as pessoas" Nuno Gomes, jogador de bandolete.

terça-feira, abril 18, 2006

Não há título como o primeiro


Mais de metade do plantel do FC Porto vai estrear-se na conquista do campeonato português, ainda que nessa longa lista constem nomes de alguns que ganharam títulos noutras paragens: Lucho, Helton ou Diego

Haverá título como o primeiro? Provavelmente, até há. De outra forma, Vítor Baía, um especialista na matéria, estaria enjoado até à náusea. Assim que a matemática confirmar o que o senso comum já sabe - que o FC Porto vai mesmo ser campeão -, mais de metade do plantel portista enriquecerá o currículo com o primeiro título. De sempre, na maior parte dos casos, ou português, para alguns deles. Lucho festejou na Argentina; Helton ou Diego fizeram o mesmo no Brasil. O sentido de estreia, aqui, torna-se mais amplo com a delimitação geográfica e com a exclusão de outras vitórias que não as dos campeonatos principais. Taças e afins não contam.
Acertados estes pontos e espreitando a lista de opções de Adriaanse ao longo da temporada, percebe-se que há 16 jogadores no plantel que asseguraram já o direito a medalha e faixa pela primeira vez. Sabendo-se que o intervalo do FC Porto entre a conquista de campeonatos só durou um ano, este elevado número de estreantes traduz bem o plano de remodelação a que o grupo esteve sujeito depois das conquistas europeias. Cinco dos que agora se estreiam em títulos nacionais - Pepe, Ibson, Raul Meireles, Diego e Ivanildo - acompanharam de perto o jejum da última época, mas não deixa de ser irónico que, na altura, as mudanças profundas tenham sido apontadas como precipitadas e como causa principal da travessia no deserto. E é irónico porque este ano, inevitavelmente festivo, permitirá acrescentar, no mínimo, onze candidatos novos ao primeiro título da carreira. Dito de outra forma, a escala de mudança que presidiu à escolha do actual plantel foi também considerável. Mudam-se os tempos, mudam-se os argumentos.
Mais interessante ainda é constatar que Adriaanse, no meio de tantas mudanças, conseguiu estruturar uma equipa homogénea construída à base de jogadores que nunca foram campeões. Mesmo descontando Lucho e Helton, que já o tinham sido noutros países, Pedro Emanuel ou McCarthy, o último onze, por exemplo, comportava sete virgens nessa matéria.
Estreantes garantidos
Helton
Sonkaya
Pepe
Cech
Bruno Alves
Ibson
Raul Meireles
Paulo Assunção
Diego
Lucho González
Jorginho
Ivanildo
Alan
Anderson
Adriano
Lisandro