Blog só para zurzir mouros e lampiões. No menu também está incluido ofensas a lagartos e panteras. “Nós somos humanos como as pessoas" Nuno Gomes, jogador de bandolete.

quarta-feira, junho 14, 2006

Prémio Vai Levar na Bolha - Costinha


“Se Scolari sair damos dez passos atrás”
Costinha afirmou hoje que se Luiz Felipe Scolari abandonar a Selecção Nacional após a fase final do Mundial’2006 isso significará uma irreparável perda. “Se ele não continuar? Não será um passo atrás, serão 10 passos atrás”, frisou Costinha, que, no entanto, não deu o seu aval à continuidade do brasileiro, deixando a entender que Portugal não merece ter um seleccionador como o técnico “canarinho”. Questionado sobre se achava que Scolari deveria continuar, o médio luso mostrou-se indeciso: “Sinceramente, não sei o que é que hei-de responder. Nos últimos tempos têm acontecido coisas tão boas quer para os jogadores, quer para a selecção, que eu me pergunto se realmente vale a pena ele ficar à frente desta selecção”. “Tudo o que ele faz é posto em causa. Ninguém está satisfeito com o trabalho dele e as pessoas esquecem-se das prestações que a selecção tem vindo a conseguir sob o seu comando e que ele conseguiu unir o país, como nunca se tinha visto”, explicou. Segundo Costinha, a chegada do brasileiro mudou por completo a selecção: “Antigamente eu via a selecção como um mandato de clubes, pois cada clube gosta de mandar na selecção. Agora, os clubes não mandam na selecção”. “Quem manda na selecção neste momento são os responsáveis da Federação e têm um seleccionador que tem as suas ideias e vai morrer com as suas ideias. Fico contente com isso, porque prefiro ver um treinador a morrer com as ideias dele do que com as ideias dos outros”, frisou o internacional luso. Todos têm, assim, a ganhar com a sua continuidade, na opinião de Costinha: “Todos os jogadores que aqui estão, sobretudo os mais novos - eu já estou numa fase mais avançada da idade - irão beneficiar muito com o seu lado humano e profissional”. E Costinha finalizou: “Por um lado, gostava que continuasse, pois era sinal que Portugal continuaria no bom caminho, mas por outro, pergunto-me se vale pena a uma pessoa que tem feito o que ele tem feito por Portugal, continuar a ser castigado, por uma ou outra opção, uma ou outra táctica, um ou outro comentário”.